segunda-feira, dezembro 21, 2009

Mário Crespo - "O Palhaço" - Jornal de Notícias

O palhaço

O palhaço

2009-12-14

O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço.

segunda-feira, outubro 05, 2009

O Papão

As últimas eleições legislativas, decorridas no passado dia 27 de Setembro, abriram um novo cenário de governação em Portugal, algo semelhante àquele que os portugueses tiveram oportunidade de presenciar em 1983, aquando da formação do "Bloco Central", entre os dois partidos mais votados - (PS e PPD/PSD).
Não admira, portanto, que perante tal panorama, volte a ser assunto do dia a reedição do tão proclamado "Bloco Central", visto por ilustres representantes do PS e do PSD como o retorno de um "D. Sebastião" que há tanto é esperado em Portugal.

Está longe de ser esse o meu pensamento.

Antes de mais, urge referir que PS e PSD (com uma ligeira intromissão do CDS) foram e são (não acredito que assim seja no futuro) as únicas forças políticas que constituiram Governo na nossa Nação. Deste modo, e fazendo uma breve reflexão sobreo estado do País 35 anos após a Revolução dos Cravos, que supostamente implementariaum justo e transparente sistema político, social e económico, constatamos que estes dois partidos, PS e PSD, em nada serviram ou servem os interesses lusitanos.
Foi por esse sistema justo que os portugueses lutaram! Essa era a luta travada nessa Revolução, mas mais do que isso, essa foi a luta travada durante o PREC, o perído mais aterrorizador politica e socialmente em Portugal, desde a implementação da República.
Fomos, desde aí, governados por Mário Soares, Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates...entre outros...
E 35 anos depois, somos provavelmente o país mais atrasado da União Europeia (quiçá da Europa) e, mais grave ainda, sem perspectivas de futuro. Resta-nos acreditar num reeleitoPrimeiro Ministro que mentiu descaradamente aos Portugueses durante quatro anos e meio (é ingénuo quem não acredita que ele o continuará a fazer!), que nunca conseguiu retirar Portugal da cauda da Europa - antes pelo contrário afundou-nos ainda mais - ou numa pseudo-oposição laranja que com a sua "política de verdade" nos quer fazer ver que eles sim, elevarão o nome do nosso País, como se nunca tivessem tido essa oportunidade!
Depois, é possível, numa análise de sensibilidade, tomar várias interpretações dos resultados eleitorais das eleições legislativas recentemente passadas.
Em primeiro lugar, considero impensável - estou certo que noutro qualquer país da União Europeia não aconteceria - o facto de perante tal descontentamento do povo com os seus Governantes, a abstenção atingir os 40%, valor (NOTE-SE!) superior à votação obtida quer pelo Partido Socialista (putativo vencedor do acto eleitoral), quer pelo PSD;
Depois, penso ser justo referir o facto de aproximadamente 30% dos votos (um terço da população votante - aproximadamente um milhão e setecentos mil votos) se terem destinado aos "pequenos partidos", destinando votos que outrora seriam seus para partidos com convicções - sejam comunistas o democratas-cristãos - tornando como os verdadeiros vencedores da noite, em primeiro lugar, o CDS/PP, logo seguido pelo Bloco de Esquerda. Ora, estes resultados podem ser explicados pelo "cansaço" que o Povo Português sente por ser orientado pelos mesmos partidos desde há vários anos a esta parte e, em consequência, termos um país cada vez pior.

Deste modo, e porque - à excepção do período entre 1983 e 1985, em que ambos (e juntos) governaram (e mal!) - cada um dos partidos (PS e PSD) foram alternadamente governando e orientando por si só as lides deste país, a última coisa que gostaria de ver - e como eu milhares ou milhões de portugueses - seria a reedição de um "Bloco Central", em que pior do que um partido a Governar mal, teríamos dois partidos a Governar mal em simultâneo.

Bloco Central não, o Papão não pode voltar.

sábado, outubro 03, 2009

A Gamela - Parte I

No rescaldo das eleições legislativas em Portugal, o país depara-se com uma das maiores dúvidas desde o 25 de Abril de 1974: Será o país capaz de sobreviver a mais quatro anos de uma legislatura desastrosa como aquela que o Eng. Sócrates nos proporcionou?

O aumento do desemprego, o aumento da insegurança, a péssima (ou nula!) política na agricultura e nas pescas, o desatino com o Ensino e os Professores, as incoerentes e insustentáveis políticas sociais, a inexplicável política de Saúde, os casos BPN e BPP...entre outros.

As políticas fracassadas deste Governo levaram a que hoje se presencie, além da uma crise de dimensão europeia e mesmo mundial, uma crise nacional, anterior a esta de maior abrangência, que o Governo se nega a admitir. A maior prova disso é o facto de o desemprego estar já em constante escalada percentual muito antes ainda de se anunciar uma crise europeia ou mundial.

O País está, hoje mais do que nunca, e parafraseando o Dr. Durão Barroso, "de tanga", e os portugueses parecem não querer acordar. Mais quatro anos de Engenheiro Sócrates, ainda que sem maioria - porque o verdadeiro vencedor das eleições não foi o Partido Socialista, ao contrário do que querem fazer parecer, com frases como "vitória estrondosa" ou "vitória clara e esmagadora" - não me parecem ser a solução para os problemas do país. Aqueles que até hoje implementaram políticas fracassadas e incompetentes, continuarão a acreditar que essas são as soluções a adoptar, ainda que esteja à vista de todos que não resultam! O pior cego é aquele que não quer ver.

O Partido Socialista habituou-nos, desde há vários anos, a políticas e atitudes arrogantes, a ver os Governantes num "patamar superior", sem interacção com o Povo nem compreensão da realidade e/ou suas necessidades.

A prova mais evidente do que acabo de proferir, prende-se com as chocantes declarações da Dra. Elisa Ferreira, candidata socialista à Câmara Municipal do Porto, referindo-se ao facto de, em caso de vitória, uma putativa vitória, estar disposta a abandonar o Parlamento Europeu, para onde foi eleita no último acto eleitoral destinado ao efeito.

E fê-lo do seguinte modo:

É uma grande vantagem ter alguém que não vem para a câmara porque quer protagonismo ou porque quer uma gamela. Eu perco uma gamela para vir para o Porto por amor à cidade”, referiu Elisa Ferreira, em declarações aos jornalistas.

É extraordinário ouvir estas declarações da boca de uma figura influente no Partido Socialista e consequentemente, nos Governantes da nossa Nação, de uma candidata a Presidente de uma das Câmaras Municipais mais importantes do país.

Elisa Ferreira considera que o Parlamento Europeu, para o qual foi eleita há apenas 3 meses, é uma "gamela". Isto diz tudo sobre o estado de espírito e o modo de estar na política desta deputada europeia do Partido Socialista. A Dra. Elisa move-se por interesses pessoais, tal como os responsáveis do Partido Socialista que a propuseram para o cargo, desprezando completamente os interesses de todos os portugueses, principalmente daqueles que nela acreditaram e que agora se sentirão, com certeza, arrependidos pelo seu sentido de voto.

A Dra. Elisa deve saber que aquilo que para ela é uma "gamela", para outros é um trabalho sério, competente, dinâmico e livre de interesses pessoais, metas e objectivos com os quais os candidatos criaram uma "ligação" durante a campanha eleitoral para as eleições para o Parlamento Europeu, fazendo deles uma bandeira e transmitindo aos portugueses a confiança que, neste tempo de crise, todos necessitavam e necessitam. É portanto uma desilusão para os portugueses saber que um dos seus representantes em tão soberano órgão é considerado uma "gamela".

Pena é que nem nas suas "gamelas" a Dra. Elisa Ferreira consiga estar a 100%.

Resta saber se, em caso de vitória nas Eleições Autárquicas para a Câmara Municipal do Porto, aparecendo um "outro amor", ela abandonará a sua "nova gamela" para se dirigir para outro qualquer devaneio, tal como uma criança que faz birra quando vê uma outra criança com um brinquedo que ela ainda não tem.

Conteúdos do blog

Serve o presente post para alertar sobre a alteração de conteúdos deste blog.

Este que até agora se destinava a abarcar variados temas, destinar-se-á, a partir deste momento, e depois de algum tempo de ausência, a conteúdos essencialmente políticos e derivados, abandonando deste modo qualquer referência à minha vida pessoal.

Obrigado!

terça-feira, junho 23, 2009



I FIHT - Noite mágica no Theatro Circo de Braga



Decorreu no passado dia 13 de Junho pelas 21 horas no Theatro Circo de Braga o I Festival Internacional Henriquino de Tunas. Foi, sem mais, uma noite mágica!


A Tuna Académica do Externato Infante D. Henrique traçou metas e delineou objectivos: fazer da comemoração dos seus vinte anos um evento inesquecível. Memorável. E assim foi!
Tudo começou na Sexta feira com a recepção a nuestros hermanos: Tuna de la Universidad de Leon. A sua boa disposição, humildade e simpatia cativaram desde logo a nossa atenção e hospitalidade. A estes juntaram-se os nossos Padrinhos, Tuna Universitária do Minho, com quem, feliz e orgulhosamente, temos vindo a estreitar relações, esperando ainda mais e melhores colaborações entre ambas as Tunas. Durante a noite de sexta feira, estas três Tunas passearam-se pelas ruas e esplanadas de Braga, prendendo a atenção dos que nelas se encontravam e espalhando um perfume das suas músicas, daquilo que se passaria no dia seguinte no Theatro Circo.
No sábado, de manhã, enquanto continuavam os preparativos, receberam-se as restantes Tunas: a alegria contagiante da atiTUNA, a boa disposição da Tuna Académica da Universidade de Évora e da Tuna de Medicina do Porto e a cordialidade da Tuna da Universidade Portucalense juntaram-se ao ambiente que transitava de sexta feira, criado pelas três Tunas (incluindo a nossa) que já se haviam integrado nas lides festivalescas.

Durante a tarde proporcionaram-se momentos de grande convívio e boa disposição entre os elementos de todas as Tunas, num churrasco (porco no espeto) no Largo do Paço até que as Tunas partiram num “mini passa calles”. Oferecendo às gentes de Braga (e quantas!!) momentos de lazer e diversão, as Tunas foram tocando várias músicas, partindo da Rua do Souto, passando pelo Chafariz e, por fim, Theatro Circo.


E só aí todos se começaram a aperceber da grandeza do Festival. 16h30m. Sim. Esta era a hora de começar o check sound e de apresentar às Tunas o Theatro Circo. As Tunas entravam em palco, cada uma na sua vez, para fazer o check sound na magnífica sala do Theatro Circo que, mesmo sem espectadores, se mostrava “assustadora”. Prova disso eram os nervos que alguns elementos apresentavam em cima do palco durante esses momentos.
Aí sim, começaram os nervos a crescer.

Os jograis reuniam-se, sem palavras, contemplando a beleza e monstruosidade daquela sala. Olhávamos uns para os outros, sem palavras. Porque não era preciso falar. Porque todos sabíamos o que os outros estavam a pensar. E porque partilhávamos esses pensamentos!


Era hora de jantar.


As Tunas concentravam-se no restaurante para, à pressa, fazer uma última refeição antes do espectáculo. Os elementos do Júri começavam a chegar. Apareciam também os primeiros amigos e familiares. Os primeiros espectadores. A tensão aumentava. (N.R. : à medida que escrevo este texto sinto-me lá, naquele local, naquela hora. Que não mais vou conseguir esquecer. Vivo as emoções como se lá estivesse novamente, no mesmo estado de nervos e ansiedade que naquele dia mal me deixaram falar com amigos, namorada e familiares antes de espectáculo começar!).

“Já não há bilhetes, o Theatro Circo está lotado”, ouvia-se à porta da bilheteira. Aumentava a responsabilidade e, consequentemente, o nervosismo. Contudo, sem razão! Havíamos feito tudo o que estava ao nosso alcance para proporcionar um belo espectáculo. Agora, pouco havia a fazer.


O espectáculo iria começar!


A azáfama nos bastidores do Theatro Circo era inimaginável! Começara a correria (imensa!) até estarmos alinhados em palco para tocar. A cortina sobe. Os nervos desapareceram! Por fim iríamos fazer aquilo que sabemos e que gostamos de fazer: tocar!!
E que bom foi ouvir e sentir o carinho de um público que nos diz tanto! Obrigado!!

Após a nossa primeira música, recolhemos aos camarins (a Tuna para o um e os Jograis para outro), antecipando aquele que seria o próximo momento de nervosismo da noite: a entrada (e estreia!) dos Jograis! Reunidos no camarim, eu, o Telmo, o Tiago, o Carlos e o Edu preparávamos a primeira intervenção, sempre abastecidos de um “calmante” (que só nós sabemos qual é! Mas funciona!!!). No entanto, no camarim reinava um silêncio ensurdecedor. Aquele silêncio que nos fala ao ouvido e diz: “A esta hora já não há nada a fazer. Divirtam-se!”. E assim foi. Divertimo-nos a fazer os Jograis. Estivemos em palco como se um convívio de sexta feira pós ensaio se tratasse. E esperamos que tenha resultado!

Então, viemos para baixo, até ao palco, para ouvir a atiTUNA a tocar. E que bem que soube! Foi a injecção de “calmante” que precisávamos! E então estreamo-nos!!

Por aqui ficariam todos os momentos de nervosismo e tensão da noite! A partir daqui tinha que correr bem. Só podia correr bem! E correu!!

A Tuna Universitária do Minho tocava e, enquanto aguardávamos nos bastidores (a seguir seria a nossa vez!) ouvimos chamar por nós: “Chamamos ao palco o Magister da Tuna Académica do Externato Infante D. Henrique, e o seu Relações Públicas, Abel Gonçalves e João Nascimento”. Deslocando-nos ao palco, deparamo-nos com uma atitude muito nobre dos nossos Padrinhos, que nos atribuiram, à semelhança do que já haviam feito com a camisa do traje quando nos apadrinharam, a capa do traje. A partir dali a Tuna Académica do Externato Infante D. Henrique carregaria uma responsabilidade ainda maior, atribuída pelos nossos Padrinhos, de quem muito nos orgulhamos! Aproveito para deixar uma palavra de apreço e gratidão ao Ricardo Mota (Magister) e ao Nuno Lima (Director) da Tuna Universitária do Minho, com quem tenho interagido nos últimos tempos (desde o FITU, onde também estivemos a convite da nossa Tuna Madrinha!), entre outros elementos, pois a sua colaboração, atenção e paciência foram, sem dúvida, alguns dos motivos que nos levaram a realizar um Festival com o sucesso que lhe foi reconhecido! Obrigado!


Foi um orgulho entrar em palco, a horas já tardias, e sentir o aplauso do público sem termos tocado ainda um acorde que fosse! Sentir que todos os elementos da Tuna tocavam cada nota do Instrumental de Vivaldi como se naquela época vivessem! Sentir as vozes e o movimento e contemplar a beleza de um Theatro Circo inesquecível e lotado durante a música Dezembro! (porque não cantamos sempre assim!?!? Eu sei, o Theatro Circo é mágico!)! Sentir a calma e tranquilidade durante o Gosto de Ti! Sentir a voz mágica da Dianita durante o Lela! Sentir que temos pandeiretas (e bons!) e a voz poderosa do Carlos n’ “O teu segredo”! Sentir o apoio e companhia dos antigos Tunos nos “Tunos do Infante” e na “Estudantina”! E, por fim, sentir que, àquela hora, os nossos amigos, familiares, conhecidos e desconhecidos estavam insensíveis ao cansaço de uma noite longa, de pé a aplaudir-nos numa noite mágica!


Obrigado.

Foi verdadeiramente impressionante.


João Nascimento

quarta-feira, abril 15, 2009

Certificação Energética


A partir do passado dia 1 de Janeiro de 2009,entrou em vigor o Sistema de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) para todos os edifícios.

O Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios
(SCE) resulta da transposição para direito nacional da Directiva n.º 2002/91/CE, do Parlamento
Europeu e do Conselho da União Europeia, de 16 de Dezembro de 2002, relativa ao
desempenho energético dos edifícios. Essa Directiva estabelece que os Estados-Membros da
União Europeia devem implementar um sistema de certificação energética de forma a informar
o cidadão sobre a qualidade térmica dos edifícios, aquando da construção, da venda ou do
arrendamento dos mesmos, exigindo também que o sistema de certificação abranja igualmente
todos os grandes edifícios públicos e edifícios frequentemente visitados pelo público.

Estão abrangidos pelo SCE :
novos edifícios, bem como os existentes sujeitos a grandes intervenções de reabilitação (> 25% custo edifício sem terreno), nos termos do RSECE e do RCCTE, independentemente de estarem ou não sujeitos a licenciamento ou a autorização, e da entidade competente para o licenciamento ou autorização, se for o caso; edifícios de serviços existentes, sujeitos periodicamente a auditorias, conforme especificado no RSECE [área > 1.000m2, regularmente em cada 6 anos (energia) ou 2, 3 ou 6 anos (qualidade do ar) ]; edifícios existentes, para habitação e para serviços, aquando da celebração de contratos de venda e de locação, incluindo o arrendamento, casos em que o proprietário deve apresentar
ao potencial comprador, locatário ou arrendatário o certificado emitido no âmbito do SCE.

O Certificado Energético contém informação como a identificação do imóvel e do Perito Qualificado, data de validade, etiqueta de desempenho energético onde se pode ler a Classe, o consumo de energia primária, o consumo de referência para o imóvel em causa e a quantidade estimada de CO2 libertada ao longo do ano, a desagregação das necessidades nominais de energia útil para aquecimento, arrefecimento e preparação de águas quentes sanitárias, uma descrição sucinta do edifício ou fracção autónoma, propostas de medidas de melhoria de desempenho energético e da qualidade do ar interior...entre outros.

Com este documento pretende-se informar os consumidores sobre a eficiência energética do imóvel a comprar ou alugar permitindo comparações entre varias ofertas e avaliações custo-beneficio, bem como propor medidas com viabilidade económica que possam conduzir à melhoria da eficiência energética dos edifícios e promover condições favoráveis à melhoria da qualidade térmica/energética dos edifícios novos ou reabilitados que entrem no mercado imobiliário.

No caso das habitações e pequenos serviços com sistemas de climatização com consumo até 25KW a validade do Certificado Energético tem validade de 10 anos.

Para mais informações consultar:

http://www.adene.pt

http://www.barcelinspe.pt